quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SIGAM-ME OS BONS!









Essa máxima criada por Roberto Bolanos (Chaves) para o tão famoso herói atrapalhado Chapolin, onde quase sempre depois de dizer essa frase o mesmo ia encarar algo amedrontador sozinho. Isso também relembra a sina do poeta Virgílio que com uma lanterna na mão se viu condenado a vagar pela eternidade procurando um homem realmente honesto!
Foram desses dois exemplos que eu lembrei quando ao assistir um programa onde se usa dinheiro de patrocinadores e doações de empresas que querem fazer propaganda, onde se busca expor a vida do "ajudado" a fim de conseguir audiência e também tornar visível o nome de algumas pessoas, o apresentador do "Tolerância Zero", se chamou de bom e que seria uma das poucas pessoas boas do estado de Sergipe e que o povo sabia disso.
Ora, citando um dos poucos homens realmente bons que já existiu chamado de JESUS - " Quando fizeres caridades não deixe que sua mão esquerda saiba do que faz a direita!" ou ainda "l Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens." (Mateus 6).
Essa "bondade midiática" está longe de ser sinônimo de bondade moral e de caridade, apenas faz parte do trabalho é algo tão pensado quando qualquer outro comercial. Apenas pelo poder do Marketing programas que expõem de forma tão humilhante pessoas conseguem gerar para os seus apresentadores a alcunha de "BOM". A fraqueza do povo diante da mídia não é algo novo, contudo como sempre vem sendo combatida pela mídia de informação, como pretende ser o nosso portal. 
Vejam que não é coincidência esses "BONS" se lançarem candidatos, gente que faz programa de medicina, gente que faz programa de direito do consumidor, gente que faz programa de entretenimento onde essa relação é disfarçada de algo profissional e muito bem remunerado para como se fosse algo voluntário. Envergonhando gente como eu que realmente pratica trabalhos voluntários. E mais comumente ainda esses bons não executam nenhum outro trabalho de caridade a não ser aqueles para os quais são muito BEM PAGOS para apresentarem.







Em suma, as pessoas boas de verdade raramente se expõem toda semana ou diariamente na mídia, eles estão fazendo seu trabalho sem esperar reconhecimento, sem esperar patrocínio ou sem esperar uma gorda remuneração no fim do mês, fazem seu trabalho pelo simples fato de se sentirem bem.





Kineko Manoel Natagawa







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